A Polícia Civil interrompeu na manhã desta quarta-feira (10) o velório de um adolescente que foi baleado no bairro Rocinha e morreu ontem no pronto socorro do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).

A vítima foi o estudante Aloísio Souza dos Santos Júnior, 15 anos. O velório seguia na capela do Hospital Dom Pedro de Alcântara, quando a família do garoto foi informada de que o corpo deveria ser removido para necropsia no Departamento de Polícia Técnica.

Segundo o delegado Madson Sampaio a pessoa que autorizou a saída do corpo do hospital será responsabilizada. “Uma pessoa que foi vitima de morte violenta tem que ser encaminhada para a necropsia.”

A delegada Mônica Soares, que acumulou funções respondendo pelas duas delegacias de plantão na cidade, não sabia do ocorrido e ficou surpresa com a informação.

“Isso não pode acontecer, o corpo tem que ser necropsiado, isso é um absurdo. Eu não estou entendo nada, o medico não poderia liberar o corpo nesta situação. Temos que averiguar o e saber o que realmente aconteceu, saber por que esse hospital liberou o corpo”.

O fato só veio à tona após o pai da vítima pedir que fosse divulgada a nota de falecimento do filho em uma emissora de rádio da cidade.

Um dos repórteres que acompanham o setor policial notou que o nome era idêntico ao do jovem que foi baleado e estava sendo velado. Logo depois, veio a confirmação de que o corpo não foi encaminhado à necropsia.

O FATO

Familiares informaram que o adolescente foi baleado no bairro Rocinha com dois tiros no dia 17 de maio. A vítima chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, sendo ao Pronto Socorro, não resistiu. Aloísio morava na rua Taperoá, no Caseb.