O bebê de 1 ano e 2 meses e a mãe dele, uma babá baiana (foto), que foramagredidos pela patroa dela, passam bem e estão no Hospital Universitário de Jundiaí, a 58 km de São Paulo.

Segundo a assessoria de imprensa do hospital, na tarde desta quinta-feira (19), o bebê apresentou boa melhora em relação à situação que apresentava quando foi internado.

A criança voltou a andar, a balbuciar sons (pela idade, ele não chega a formar palavras) e está bem ativo. A criança e a mãe, Luciene Barbosa, 19 anos, estão em um quarto na área de UTI, onde há um berço, uma cama e brinquedos. De acordo com o hospital, o traumatismo craniano da criança foi leve, e ela não corre risco de morte. Ainda não há previsão de alta.

A patroa Valdecina Alves de Almeida (foto abaixo), 33 anos, que também é baiana, agredia a funcionária – contratada para cuidar da filha dela de 2 anos – e o filho da babá. O caso somente foi descoberto porque a agressora levou a criança em estado grave até o hospital.

As duas mulheres, que eram amigas na infância, são do município de Serra do Ramalho, no oeste da Bahia, a 850 quilômetros de Salvador.

Segundo os médicos, além do traumatismo craniano, a criança teve escoriações e queimaduras em várias partes do corpo. As fotos tiradas por policiais mostram que o menino estava sendo torturado havia vários dias. Ele teve o cabelo raspado e há marcas nas costas, na cabeça e no rosto.

De acordo com a Polícia Civil, a agressora foi indiciada por tentativa de homicídio contra o bebê e lesão corporal contra a mãe dele. Ela também pode responder pelo crime de tortura. A suspeita foi presa na quarta-feira (18). A filha dela foi encaminhada para o Conselho Tutelar.

'Ficava trancada. Ela saía com a chave e eu não podia abrir. Fiquei com medo dela me matar lá dentro de casa', revela a babá Luciene.

Valdecina que, segundo a polícia, trabalhava como garota de programa, costumava chegar em casa transtornada. 'Eu trabalho a noite toda, chego cansada de manhã e falo 'vai lá para o fundo para o menino não ficar chorando na minha cabeça', aí a menina não dava importância, eu fiquei nervosa e não sei como bati no menino', diz Valdecina.